quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

XLII – Acerca de mais um exemplo do caos instalado na minha mente.

.
.
.
§ 42






Eu preciso andar
Um caminho só.
Vou buscar alguém,
Que eu nem sei quem sou.


(Los Hermanos - Primeiro andar)



Há algumas semanas eu estava almoçando antes de ir trabalhar e depois de ficar estudando a manhã toda para uma prova da faculdade. Na hora do almoço eu não conseguia me concentrar em “coisas importantes”, que supostamente seriam aquelas ligadas à faculdade e ao trabalho. Ao contrário, pelo meu cérebro se embaralhavam vários pensamentos difusos e consternadores, enquanto eu observava pelas vidraças do restaurante, não sem surpresas, as pessoas a andar pelas ruas modorrentas de Cu-ritiba.

Os pensamentos estavam confusos e se misturavam e para tentar esclarecer as coisas eu decidi anotar em um pedaço de papel cada uma das coisas nas quais eu estava tentando pensar simultaneamente: Radiohead, Schopenhauer, massacre de Columbine, sexo, homossexualidade, assassinato, UFOs, Protocolos dos Sábios de Sião, ignorância do povo, O Caminho para a Servidão, HAARP, idealidade transcendental do espaço-tempo (kantismo), partículas gêmeas (física quântica), epistemologia, agnosticismo, desilusão, vertigem, e, por fim, absenteísmo.

Tentar pensar em 18 coisas ao mesmo tempo durante um almoço entre os estudos para um prova fútil e uma jornada maçante de trabalho? Isso certamente não deu certo...

Eu já quase aceitei que eu sou um medíocre. Depois será necessário aceitar que o medíocre é alguém digno de existência.


***




Tempore, quo cognitio simul advenit, amor e medio supersurrexit.

Nenhum comentário: