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§ 50
E adoraram o dragão que deu à besta seu poder; e a adoraram dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? (Apocalipse, 13:4)
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“Artigo 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.” (Código Penal Brasileiro)
Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor
Imagino que você já conheça esse comercial nojento do Mercado Livre. Esses publicitários...sempre querendo nos empurrar lixo com aquela onipresente , desprezível e degradante atmosfera feliz , e idealmente ingênua que infecta a mente de quem tem coragem
Um homem se casando com uma moto? A que nível chegamos?? Um dia desses fiquei sabendo que existem homens que se dedicam seriamente a manter relações sexuais com automóveis! A sexualidade humana é polimórfica, diria Freud. Não, não existem limites.
Os publicitários que fizeram essa propaganda devem ter se achado o máximo, por terem “criado” uma “idéia” dessas, por ter tido um “insight” como esse...Mas quem leu e se interessou pelo profético livro de Aldous Huxley (Admirável mundo novo) certamente não se admirou pelo conteúdo da propaganda, ao contrário, apenas reforçou a sua convicção acerca da imbecilidade e da escravidão humanas, pois todas as “idéias” presentes nessa propaganda foram antecipadas por Huley com 76 anos de antecedência!
As pessoas são tão imbecis que não percebem que são cordeiros e que alegremente se deixaram vigiar pelos próprios lobos! Sinceramente, elas não merecem serem enganadas e escravizadas? Quando entendemos que os cordeiros querem ser enganados é impossível não se solidarizar com os lobos.
Numa sociedade transpassada pela alienação e pela fetichização – num mundo de ilusões e mentiras – , essa peça publicitária surge como um monumento que é, simultaneamente, explicitamente ingênuo e sintomaticamente perverso desses dois fenômenos gêmeos constitutivos das ideologias capitalistas (e cujo apogeu brilha na sociedade de consumo de massas (1)): da personalização das mercadorias e da reificação das relações sociais.
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"Os gentios são um rebanho de carneiros e nós somos os lobos! E vocês sabem o que acontece aos carneiros quando os lobos penetram no redil!... Fecharão seus olhos sobre tudo o mais, porque nós lhes prometeremos restituir todas as liberdades confiscadas, quando se aquietarem os inimigos da paz e os partidos forem reduzidos à impotência. É inútil dizer que esperarão muito tempo esse recuo ao passado." (Os protocolos dos sábios de Sião, XI)
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Admirável mundo novo (1932):
“’Cem repetições, três noites por semana, durante quatro anos’, pensou Bernard Marx, que era especialista em hipnopedia. ‘Sessenta e duas mil repetições fazem uma verdade. Imbecis!” (cap. III)
“Nos berçários, a lição de Consciência de Classe Elementar havia terminado; as vozes adaptavam a futura procura à futura oferta industrial: ‘Como eu adoro andar de avião’, murmuravam, ‘como eu adoro andar de avião, como eu adoro ter roupas novas, como eu adoro...(...) ‘Mas as roupas velhas são horríveis’, continuava o murmúrio infatigável. ‘Nós sempre jogamos fora roupas velhas. Mais vale dar fim que conservar, mais vale dar fim...’” (cap. III)
“- Nunca deixe para amanhã o prazer que puder gozar hoje – disse ela com seriedade.
“- Duzentas repetições, duas vezes por semana, dos quatorze aos dezesseis anos e meio – foi o único comentário dele.” (cap. VI.I)
“- Não pense que eu mantinha relações indecorosas com aquela moça. Nada de emocional, nada que se propagasse indefinidamente. Tudo era perfeitamente sadio e normal.” (cap. VI.II)
“O selvagem lia em voz alta Romeu e Julieta – lia com paixão intensa e fremente, pois via a si mesmo no lugar de Romeu, e Lenina no de Julieta. Helmholltz ouvira com interesse intrigado a cena do primeiro encontro dos dois amantes. A cena do pomar tinha-o encantado por sua poesia; mas os sentimentos expressados fizeram-no sorrir. Chegar a tal estado por causa de uma mulher parecia-lhe ridículo. Mas, examinando os detalhes verbais um por um, que trabalho soberbo de engenharia emocional!
“ – Este bom velho – disse – faz parecerem tolos os nossos melhores técnicos de propaganda.” (cap. XII)
“– É absurdo você se deixar chegar a esse estado. Simplesmente absurdo – repetiu. – E por quê? Por causa de um homem, um homem!” (cap. XIII)
“- (...) Escute, Lenina, em Malpaís as pessoas se casam.
“- As pessoas ...o quê? – A irritação recomeçara a invadir sua voz. De que estaria ele falando agora?
“- Para sempre. Fazem-se a promessa de viverem juntos para sempre.
“- Que idéia horrorosa! – Lenina ficou sinceramente chocada.” (cap. XIII)
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“(...) O século XXI ... será a era dos ‘Controladores do Mundo’... Os ditadores mais antigos caíram porque nunca puderam suprir seus subjugados com bastante pão, bastante circo, quantidades suficientes de milagres e mistérios. Sob uma ditadura científica, a educação vai realmente funcionar – com a garantia de que a maioria dos homens e das mulheres crescerá amando sua servidão, jamais sonhando com atitudes revolucionárias. Não parece existir qualquer boa razão para que uma ditadura, cuidadosamente elaborada com requintes científicos, deva jamais ser descartada.” (Aldous Huxley em Admirado mundo novo revisitado.)
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1 O conceito de sociedade de consumo de massa surgiu no pensamento das ciências sociais na obra do economista do mainstream W. W. Rostow (As etapas do crescimento econômico, publicado em 1959) com o objetivo de descrever a situação de bem-estar gerada pela “economias desenvolvidas”. Eu acho muito importante salientar que a alienação, a reificação, o fetichismo e a mistificação não são – de maneira alguma – características do “subdesenvolvimento”, isto é, não existem apenas nos países pobres e não democráticos. Para mim é vital reconhecer que essa situação também existe – e aliás existe com toda a força – nas sociedades ditas desenvolvidas (as quais são tomadas por nós, do “Terceiro mundo” como exemplos a serem seguidos) nas quais a população é manipulada e explorada tal gado leiteiro (digo leiteiro e não de corte pois nessas sociedades as pessoas estão aprisionadas totalmente num mecanismo parasitário que as manipula para produzir e realizar mais-valia: a mais-valia é extraída e realizada continuamente ao longo da manutenção do processo de vida do indivíduo, o que lembra mais a situação de escravidão do gado leiteiro, e não a do gado de corte). Nós, aqui no Brasil, temos o costume de idealizar as pessoas que vivem nos países do Primeiro mundo, imaginando-as como livres, independentes, inteligentes, dotadas de espírito crítico e participativo, etc. Elas podem até ser tudo isso com relação à situação vigente nos "tristes trópicos"; porém, do ponto de vista mais amplo da emancipação humana, elas não são muito diferentes de nós.
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Tempore, quo cognitio simul advenit, amor e medio supersurrexit.
13 comentários:
Não consigo entender a palavra "triste" no título... Como vc mesmo disse, e eu concordo: "Quando entendemos que os cordeiros querem ser enganados é impossível não se solidarizar com os lobos".
A única tristeza que esta situação me causa é a de eu não ser suficientemente esperto ou esforçado pra conseguir uma fatia do bolo.
Caro senhor anônimo,
O senhor está certo em mostrar a minha contradição, a qual, porém, é apenas uma entre tantas que aparecem nesse blog (exemplo: postar um texto ateu e logo na postagem seguinte falar em conspiração para trazer o anticristo ao mundo). É que eu realmente tenho esses sentimentos dúbios: se por um lado eu entendo que nossos exploradores estão no seu legítimo direito – pois cada um de nós não é nada mais do que propriedade criada por eles e para eles – por outro lado eu não deixo de me entristecer com o fato de que as coisa “tenham que ser assim” (embora eu não duvide que eles tenham que ser assim mesmo). Também lamento amargamente, como o senhor, o fato de que eu não possa fazer nada com relação a tudo isso, e portanto me coloco junto aos outros na vala comum da mediocridade e da escravidão. Talvez o mais triste seja justamente essa minha (e sua também) incapacidade de se identificar com nossos “semelhantes”, enquanto tento – totalmente em vão – me identificar com “os lobos”, enquanto eu tenho a plena consciência de que nunca serei um deles e de que nem mesmo tenho direito de querer ser um deles (e é claro que está fora de cogitação a possibilidade de contar com a piedade deles, não é mesmo?).
Não apenas a morte é certa, mas também é certa a condenação a uma vida fútil, presa a um trabalho tedioso, cansativo e humilhante, que garante apenas a subsistência do momento; bem como é certo que quando “eles” (os lobos) quiserem, eles acabam com minha vida ridícula e medíocre (que, repito, lhes pertence por direito) com um levantar de sobrancelhas. Mas, afinal, vale a pena viver uma vida dessas? Vale a pena se importar com uma vida dessas? Tudo isso, meu caro senhor, para mim é "triste".
Em suma, se eu e esse blog fossemos coerentes e bem resolvidos – e não somos – eu retiraria a palavra “triste” do título. Mas não posso faze-lo, em nome da minha incoerência e da minha danação eterna.
Pois é, meu amigo. O mundo é uma merda.
Fica surpreso de me ver falando uma coisa dessas?
Talvez eu dê a impressão de que sou um iludido com minhas idéias otimistas, mas a verdade é que eu não acho que vivemos no melhor dos mundos. Mas enquanto há amor no coração a vida é boa a vida pode melhorar.
A questão aqui é pessoal e coletiva: minha amada escreveu em sua tese sobre um conjunto mundial de ongs que garante os direitos da criança. É um sistema bem complexo e, creio, efetivo. O NGO Group
Nessa mesma tese há uma introdução ao que chamam de organização social em redes. Talvez você pense que essa organização seja mera ilusão para que as pessoas ordinárias pensem que têm algum poder sobre si mesmas quando na verdade elas são apenas fruto da manipulação dos "lobos".
Mas sabe, eu acho que as ovelhas do mundo estão cada vez mais se guiando sem pastor. Sim, as pessoas estão manifestando a introversão com maior segurança atualmente: é o efeito da internet, que Huxley não poderia prever.
É interessante que você fique tão triste, demonstrando tamanho desprezo pelo sistema de propagandas que, simultaneamente, te manipula. Sim, está sendo manipulado.
Você escapou da ilusão de que nós seremos um dele. A ilusão de que um cidadão ordinário pode alcançar a fortuna por esforço próprio. Você escapou da primeira armadilha, mas caiu na próxima.
Porque a cada dia em que olhamos para o mundo real pensamos a mesma coisa: esse mundo é uma merda. Nós dois ficamos tristes, mas eu já me libertei do paradigma que nos diz que nada mudará.
Não sou nenhum “Guevara” e não quero nenhuma grande revolução, porque penso que o poder corrompe, mas eu faço a minha parte, sabe?
Se é pra mostrar pra alguém as desgraças do mundo eu mostro. Se é pra convidar alguém à enfrentar isso comigo eu convido.
Você, aliás, tem potencial demais para jogar-se no lixo. Honestamente, é isso que eles querem.
Que você abra mão do seu poder intelectual que seria capaz de gerar alguma mudança (mesmo que pequena) para sentar e lamentar as desgraças do mundo, negando a vida.
Eu me lembro do meu livro que ainda não comecei a escrever: João tinha acabado de se dar conta de que fora exilado e que, a partir daquele dia, viveria no mundo externo. Naquele miserável mundo externo cheio de injustiças. Primeiro ele se revoltou, depois se desesperou. Mas aí ele viu Joana, lá na casinha dela, e que apesar de estar naquele mundo também não era semelhante aos outros. Ela pensava.
Apesar de ter encontrado o caminho de casa novamente, ele não poderia voltar, então o livro termina com ele voltando ao mundo miserável.
Ele pensa algo mais ou menos assim:
“É natural, tendo em vista o mundo que eu conheci, que eu me desespere com esse mundo aqui de fora, mas eu não posso mais voltar pra lá. Agora devo é viver nesse mundo miserável, tendo Joana e os outros como companhia numa luta que durará toda a minha vida e que provavelmente não me trará resultados imediatos. Mas é assim que o mundo externo funciona: você se mata para uma pequena mudança. Não me importo se é pequena ou grande, mas somente com o fato de que a mudança que eu for capaz de causar poderá inspirar outro como eu, que dedicará sua vida a um mundo melhor.”
O sistema é forte demais pra ser vencido com uma revolução, mas a organização social em rede que é a conseqüência da internet permite que um sujeito comum como eu tenha voz ativa.
Assim, eu entro numa comunidade de Schopenhauer da vida e falo sobre formas que eu acho que ajudarão o mundo a melhorar. Tenho a tendência de acreditar que a fonte da mudança está na educação.
De vez em quando sou ridicularizado por um "Hugo" da vida, que me diz que sou “produtinho” do sistema e nem percebe que está lutando contra si mesmo, pois se fosse da classe dominante não teria perfil de orkut. Defendendo uma elite da qual ele mesmo provavelmente não faz parte.
Eu penso: se eu tenho esperança e amor dentro de mim, é minha responsabilidade compartilhar isso, pois é só através desses sentimentos que poderemos mudar alguma coisa. É mais perseverança do que esperança, pois eu não me sento a lamentar a desgraça do mundo, mas faço um trabalho quase inútil para mudá-lo.
Tenho certeza de que não entrarei para a história, e que provavelmente ninguém notará o meu esforço, mas isso não me importa.
Porque se eu sei algo de filosofia foi porque alguém de esforçou e colocou e-books na internet e porque outro alguém me deu conselhos. Outras pessoas esquecidas pelo mundo que me fizeram poder ser quem eu sou. Viver lamentando é fácil, mas te garanto que por mais trabalhosa que seja a vida de luta por um mundo melhor, há sim uma recompensa interna. Quando você olha e vê que contribuiu para algo, sua forma de sentir o mundo muda.
Tem muita gente por aí (assim como você) que tem muito potencial e que está se abandonando à depressão causada por esse mundo doente em que vivemos, mas aprendi que não podemos nos dar esse luxo.
Temos que formar um exército sem líder, sem “o cabeça” que nos guiará como ovelhas. O nosso exército busca a paz e se espalha como praga pelo mundo, porque cada soldado trabalha independentemente.
Eu me recuso a trabalhar para o sistema. Usar minha criatividade para enganar os outros. No meu livro (se algum dia ficar totalmente pronto) você verá muita carga emocional, mas são emoções genuínas. Emoções de amor que são inspiração, mas não guia.
Porque o único guia para essa vida é a razão. Se nos guiarmos pelo coração seremos manipulados por uma propaganda ridícula onde um homem se casa com uma moto.
Mas sem a inspiração do coração nós viveremos assim: miseravelmente. Com o poder da razão do nosso lado, mas sem inspiração. O amor é o combustível da existência, e a razão é o volante.
Leia no meu blog:
Sobre a moral e seus fundamentos.
http://insilasbrain.blogspot.com/2009/03/em-minha-opiniao-um-codigo-de-moral-nao.html
"Eles" já me venceram. Eu me recuso a lutar (a me esforçar) de um pequena, anônima e futura mudança no mundo. "Eles" já me convenceram que eu não sou forte o bastante para isso. "Eles" já me convenceram que eu sou um perdedor (e você não é forte o bastante para me convencer do contrário, por mais boa vontade que tenha: todos que me conheceram desistiram de mim; eu mesmo desisti de mim; você também vai desistir: eu sou um caso perdido). Como você viu eu até me retirei de uma inofensiva discussão no orkut: se não me dou ao esforço nem disso, você acha que iria trabalhar como voluntário ou me esforçar para fazer qualquer coisa (seja o que for) a título de melhorar o mundo? O máximo que eu me disponho a fazer é agir pela não ação, pela renúncia (o que está de acordo com o pensamento schopenhauriano), como faço ao me abster de comer carne, por exemplo: e acho que, assim, já faço muito.
De resto, eu apenas estou esperando a morte vir. Eles me venceram. Convenceram-me que eu não sirvo para nada e que, por isso mesmo, vim ao mundo a passeio, e não a trabalho.
Diferentemente de você, eu tinha, e ainda tenho, aspirações megalomaníacas e irrealizáveis. Isso deve ajudar a entender o meu grau de frustração (comigo mesmo e com o mundo) e de desprezo (por mim mesmo e pelo mundo). Isso também nos ajuda a imaginar que, para que eu saísse da minha fase de Schopenhauer eu precisaria ter experiências muito mais positivas que você teve para sair da sua (e eu não acredito que as terei - como deixo claro no cap XXXI). Pelo que me foi possível inferir do que você já escreveu, você se apaixonou por uma mulher que deve ser uns dez anos mais velha que você, e que agora lhe sustenta enquanto você pode se dedicar exclusivamente à faculdade, o que lhe garante tempo para participar de debates na internet (o que você já disse que encara como um diversão). Espero que você não se ofenda ao ler isso: ao que me parece, você teve mais "sorte" na vida do que eu. Ou não é verdade que, se não fosse por essa mulher, você ainda estaria na sua fase de Schopenhauer? Quanto a isso, eu não posso fazer nada.
"Eles" são forte demais para serem vencidos. Eu poderia dizer que é você que está sendo manipulado por "eles", ao acreditar em alguma forma de "utopia" (do meu ponto de vista pessimista) e assim se dispor a continuar a participar do "jogo", controlado e dominado por "eles" para sempre. Inclusive, ao ter filhos, você estaria garantido a perpetuidade de um sistema de exploração: seus filhos, assim como você, já nasceriam escravos; e você certamente não teria filhos (e assim não perpetuaria o sistema de exploração) se não acreditasse que "eles" um dia não podem cair do poder.
Se você pensa e se comporta diferentemente de mim, nós já sabemos que é porque você desenvolveu sentimentos que, do meu ponto de vista (que não os tenho), tendem a ser identificados como ilusões. Quem está certo? Eu ou você? Nunca saberemos. Eu apenas concordaria com você se também tivesse esses sentimentos; isso, porém, não é suficiente para "provar" que esses sentimentos são ilusões (se eu atualmente "sinto" que a vida é uma merda e posso estar errado, e se eu sentisse o oposto isso não provaria nada: se a primeira sensação era falsa, a segunda também poderia ser).
Se "eles" convenceram um gênio como Schopenhauer, e se ele nunca saiu da sua fase de Schopenhauer, também eu posso nunca sair dela (e atualmente eu nem quero sair, pois me identifico profundamente com ela).
Você quer que eu desista, mas eu escolho ser cabeça dura. Porque assim como eu terei pouca importância no mundo (mas terei alguma) talvez eu tenha uma na sua recuperação (mesmo que seja parcial).
Eu vejo potencial demais em você para admitir (sem luta) que você vive uma vida infeliz e autodestrutiva.
Não quero te privar da sua liberdade e muito menos mudar a sua mente. Até porque, eu penso que, por mais que você agregue toda a informação e argumentação que vierem de mim, você estará sempre combinando estas com os seus próprios paradigmas.
Falo sentimentalmente quando te digo que a sua resposta me comoveu.
Fez-me ficar triste (embora eu tenha dado risada numa parte).
Você quer viver a vida da forma que vive? Está satisfeito mesmo com isso?
Você já tentou entrar para a luta e ter uma pequena vitória?
Eu me lembro dum caso interessante (acho que sempre fui atraído por gente que tem problemas)
Quando comecei o segundo grau eu logo fiquei amigo de um cara cabeludo. Ele era meio suicida também: com 15 anos já tinha tido dois comas alcoólicos e tinha uma extrema hostilidade pelo mundo.
Foram três anos de amizade no colégio, e com ele acabei aprendendo a me defender, mas me orgulho de ume pequena vitória nesse caso. Nunca vou me esquecer de que na primeira semana de aula ele disse: “eu não tô nem aí pra esse curso de informática. Só to aqui porque é longe de casa.”
Ele fazia uma viagem longa, então, por causa disso, passava menos tempo em casa, que parece que era o que ele queria.
Eu perguntei o que ele queria fazer da vida e ele disse: não me interessa. Não sei se estarei vivo amanhã: que se foda.
Só que hoje ele está se matando de estudar para fazer faculdade de engenharia da computação, e é um ótimo programador.
Quero dizer, eu realmente fiz a diferença. Meu esforço não foi em vão. Tudo bem que ele ainda odeia os pais e a maioria das pessoas: pelo menos ele deixou de odiar algumas e principalmente a si mesmo.
Tenho orgulho dele e de mim mesmo por tê-lo ajudado.
Eu não vejo você como sendo semelhante a ele. Porque ele pouco pode fazer para os outros, mas você pode fazer muito.
Será que eu sou o primeiro a reconhecer a quantidade de inteligência que você tem?
Acho que a maioria das pessoas simplesmente não poderia cooperar para o progresso da sociedade na proporção que você cooperaria, pois não teriam potencial. Imagina se Schopenhauer tivesse feito algo pelos outros? Eu não me conformo de ver uma pessoa tão inteligente se autodestruir. Meu coração, por isso, me inspira a querer te defender de você mesmo, e é o que eu vou tentar fazer até minha inspiração se esgotar.
Se eu falhar, saberei que tentei, e mesmo assim creio que, por maior que seja a minha derrota em tentar te ajudar, algo de bom ficará.
Talvez isso desconstrua seu paradigma de que o amor é uma ilusão. Eu amo o mundo, e acho que você é fundamental para torná-lo melhor, então isso aqui é uma missão de amor.
Eu me mantinha distante de tudo também. Na verdade eu queria ficar sempre dormindo, porque era só nos sonhos que eu achava qualquer satisfação.
Não é só um luta, meu amigo. Eles não venceram, estão vencendo.
Todos os dias eles também lutam comigo. Todos os dias eu sinto esse estímulo que você me mandou: que me diz para desistir, porque meu esforço é inútil. Mas não vou desistir.
Não vou deixar me dizerem que sou um derrotado, e meu desejo é que você também não deixe.
Porque se eu conseguir te ajudar de maneira que sua vida se torne melhor e você seja capaz de ajudar os outros, então eu poderei estar criando uma reação em cadeia.
O seu comentário me deixou triste, mas não pense que eu desistirei assim tão facilmente.
Essas aspirações megalomaníacas são parte do que chamo de vontade de felicidade, que é basicamente a vontade de ser feliz direcionada para o lado errado, pois a felicidade reside em coisas simples e gratuitas, que, em sua grande maioria, podem ser compartilhadas com os demais.
O amor que eu sinto é muito mais intenso do que precisaria ser para me recuperar.
Vamos sair da parte triste e rir um pouco.
Adorei sua interpretação, ao dizer que eu sou sustentado por uma mulher dez anos mais velha.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Não é isso não cara. Pra falar a verdade essa mulher que eu amo é minha amiga. Eu a amo sim, mas não se trata de um contato físico. E ela não é dez anos mais velha que eu não: se formou bem cedo no mestrado.
Meu orgulho jamais me permitiria aceitar que a mulher que eu amo trabalhe para o meu sustento. Eu sentiria estar sugando a energia dela e também em sentiria um tremendo idiota.
Fica tranqüilo que não me ofendeu não. pelo menos me fez rir um pouco...
Quando eu conheci essa mulher eu não estava mais no modo Schopenhauer, pois se eu estivesse assim nós não nos atrairíamos.
Ela é muito positiva. Está sempre de bem com a vida. Quando você vê de longe parece que é tudo falso, mas chegando perto da pra sentir a felicidade dela. Não leva uma vida fácil. Muito pelo contrário. Mesmo assim é feliz, porque felicidade vem é de dentro.
Não vou falar da vida dela porque não sei se posso e também porque acho que não vem ao caso.
O importante aqui é que não dei tanta sorte quando você imagina. Só que os e-mails diários que recebo dela(tão cheios de amor) me fazem muito bem sim. Graças a ela eu saí do ponto neutro, que foi o que veio depois da fase Schopenhauer, para o ponto positivo. Foi como voar.
Não é utopia, meu amigo: a sociedade está se organizando em rede, e muito do que eu sei eu aprendi quando era moleque sozinho em casa navegando pela internet.
Alguém criou o site “e-books Brasil”, e outras pessoas me ensinaram, por conta própria, uma quantidade imensa de coisas.
Eu não vou vencer e nem ser vencido com a minha luta, porque eu sou só uma célula e eles comandam o organismo. Mas eu vou sair por aí me multiplicando e causando todo o benefício possível, até que o exercito sem general seja uma praga maior do que já é.
nós devíamos conversar ao vivo, pois assim haveria uma maior possibilidade de compreensão.
Eu já fui pessimista, no sentido que para mim o mundo era uma merda e eu também. Nesse sentido as coisas não mudaram tanto. Pra mim o mundo ainda é uma merda, e eu também não sou lá grande coisa, mas minha luta é para melhorar a mim mesmo e ao mundo. Eu fico imaginando, sobre o espiritismo, se eu for forçado a nascer de novo nesse mundo. Talvez se minha luta tiver algum resultado nascer aqui de novo seja menos doloroso. Existir de novo, da próxima vez, será mais fácil. E se for pra acabar aqui, então eu terei tornado essa vida melhor.
Schopenhauer, para mim, foi um tremendo egoísta, e justamente por isso que nunca encontrou a felicidade que sentimos ao ajudar uma pessoa.
Se você aceita um conselho de amigo: por mais que a luta seja grande demais e que nada pareça ser passível de mudança, não desista.
É a persistência que fará a vida realmente valer a pena.
O idealismo do seu discurso me soa belo e atraente, porém soa também, em parte, ingênuo (e é por isso que não me deixo seduzir por ele). Aparentemente algumas outras pessoas (poucas) reconheceram o meu “potencial”. Talvez o primeiro a não o reconhecer seja eu mesmo: pois, mesmo que eu seja mais inteligente que a média (e eu não tenho tanta certeza disso), eu simplesmente não sei o que fazer com essa suposta inteligência. Se eu fosse tão bom assim, por que estaria trabalhando em um banco? Para mim “inteligente” é alguém que seja um gênio, um super-dotado: o resto é o resto. E eu, meu amigo, desse ponto de vista, não sou mais inteligente que o resto. (Eu não vejo o meio, apenas os extremos.)
Com relação à pergunta sobre a minha satisfação pessoal...Como eu já lhe disse, eu descobri em minhas seções de psicanálise que eu não quero largar o pessimismo, pois me identifico profundamente com ele. Nesse sentido, o meu esforço pessoal é apenas para aprender a lidar e a conviver com ele, e não me livrar dele. Se não me engano, você disse que se sentia mal na sua fase Schopenhauer. Pois é, meu apenas me sinto quando "exagero", pois quando tentei sair dela de uma vez por todas, percebi que não era isso que eu queria realmente. Talvez realmente haja egoísmo e comodismo nisso, ou fraqueza (perceba como eu sou bom em me auto-depreciar): afinal, para mim, é muito doloroso levar porrada em troca de alguma melhoria incremental no mundo ou na minha vida: é melhor agir pelo esquecimento e pela omissão, pois assim se reduz o sofrimento (e é isso que importa para Schopenhauer, já que o prazer é uma ilusão – apenas a supressão de uma dor). Eu sou egoísta? Sou fraco? Sou comodista? Chamar-me disso não iria me ofender, apenas iria reforçar o que eu já sei.
Não vou ficar aqui defendendo a figura de Schopenhauer, mas creio que o caso dele era de certa forma semelhante ao meu: ele era tão idealista, era tão exigente, que o mundo para ele parecia não ter salvação. Eu reconheço, porém, que essa salvação pode (eu disse "pode", não "tem que") até vir, mas apenas no longo prazo, daqui à séculos. Pode me chamar de egoísta, mas eu não vou me esforçar (e aqui vale lembrar que para mim esforço é sinônimo de sofrimento: não é nem um pouco divertido e gratificante) por isso.
Diferentemente de você, eu não tenho nenhuma história bonita para contar (e eu "já" estou com 22 anos): eu já tentei melhorar a vida dos outros dando-lhes conselhos, mas não vi a vida de ninguém melhorar por isso (você poderia argumentar que eu não vi porque não quis, mas convenhamos que se eu tivesse uma experiência dessas "nítida" e forte o suficiente eu não iria me enganar, não é mesmo?)
Assim como ocorre com seu amigo, a maior satisfação que tenho em trabalhar e estudar é ficar longe de casa e "daquela gente" (a minha família): para mim, a casa é apenas um dormitório (lembrei da música Atlantic do Keane onde é dito "An empty house is not a home") Convenhamos, não é fácil ser otimista quando se vive assim (lembremos das dificuldades que Schopenhauer teve com a própria mãe). E nem me venha sugerir que eu "conserte" a minha relação com minha família: isso é para mim um caso encerrado.
Você falou que teve orgulho do seu amigo, e de si mesmo. Pois é esse tipo de experiência que eu não tenho: eu apenas teria orgulho de mim se fizesse algo MUITO grande (tipo inventar a teoria da relatividade): o resto é o resto (é a segunda vez que digo isso aqui). Palavras como "mérito" e "orgulho" não me dizem nada quando são aplicadas "à vida comum".
Eu fazer algo pelos outros?? Ah!, capaz... tá bom então. E o que eu poderia fazer?? Eu até cooperaria com o progresso, mas "cooperar" é diferente de ser "dirigente" desse processo...Posso cooperar, por exemplo, não comendo carne...
Talvez, e eu disse talvez, você até me ajude a ser uma pessoa melhor. Agora, eu ajudar os outros...aí já é bem mais complicado. Dá uma olhada no cap XXXVIII: como posso ajudar os outros se não posso ajudar a mim mesmo? Não, ajudá-los não vai me ajudar, nem vai me dar prazer.
Concordo que deveríamos conversar “ao vivo”, mas como?
Correção, não é o capítulo XXXVIII, mas sim o XXXVII:
http://outsidercaos.blogspot.com/2008/10/xxxvii-acerca-de-observaes-funestas.html
Acho que é meio sem sentido querer criar uma "teoria da relatividade". Isso porque uma vez eu me iludi achando que tinha uma idéia genial e a sensação de ser um “gênio” nem se compara á de ser um sujeito normal que ama.
A autocrítica é sempre útil quando está direcionada para o crescimento pessoal e coletivo, mas quando chega a ser forte o bastante para danificar deve-se tomar cuidado com ela.
Se você trabalha num banco é porque não teve a vida de Schopenhauer, que por mais que tenha tido infância difícil, pôde viver da renda do pai. Lembre-se que ele iria trabalhar no negócio do pai. Isso não quer dizer que por isso você seja menos inteligente ou que tenha menos mérito.
Hoje em dia não existem gênios solitários, amigo. O mundo mudou. O Maximo que você pode fazer é descobrir algo. Uma pequena parte, pois a maior parte dos pensamentos de qualquer gênio já foi pensada por alguém, e não há demérito em repetir (sabendo ou não).
O altruísmo cura. Faz um bem incomparável à alma. Eu ja dei conselho a muita gente, e muitas vezes de nada adiantou, fazendo parecer que isso foi uma enorme perda de tempo, mas garanto que não foi não.
É que é difícil uma pessoa ouvir um conselho sem sentir o emocional, cara. Eu não fui o primeiro a dar os conselhos a esse amigo, e ele sabia que eram os melhores conselhos e ainda assim ignorava. Se ele me ouviu foi simplesmente pelo fato de que eu era amigo dele: estávamos ligados pela amizade de tal forma que esse elo emocional quebrou a barreira dele. Todos têm barreira, e só o amor pode quebrá-la. Por isso não adianta ver o problema de alguém e se focar nele. Se a pessoa não se sentir amada um conselho sobre a vida dela não terá qualquer utilidade. A solução mesmo vem do intelecto, mas sem o amor de nada adianta.
Acho que a felicidade reside no caminho do meio entre o complexo de Schopenhauer e o complexo de Jesus.
O pessimismo é uma forma de fugir de remédios inicialmente desconfortáveis. É como preferir morfina à extrair a bala e levar pontos porque assim a dor acaba rápido: Parar de negar a vida, logo no começo, dói e é extremamente desconfortável, mas depois é gratificante.
Não vou fazer julgamentos de valor obre seu caráter. Não acho que eu seja digno de fazer uma coisa dessas. O ponto aqui é que o comodismo, embora pareça bom, não é. Acho que antes de escolher uma forma de viver (seja otimismo ou pessimismo) deve-se conhecer os dois lados. Se você prefere não se esforçar eu não vou achar ruim: só que isso faz bem, e era esse o ponto.
Infelizmente sobre família eu não tenho o que dizer de positivo, pois sinto o mesmo. Pelo menos à imediata. Da minha família eu costumo dizer que só duas pessoas são realmente parte dela. Um tio e um primo. O resto não é, porque pra mim família não tem nada a ver com sangue. Pra mim também é caso encerrado, mas isso não faz de mim um órfão. Eu vou descobrindo minha verdadeira família por aí.
Você nunca viu seu esforço por uma pessoa se refletir no rosto dela. Isso é inestimável, cara. Quando você vê a felicidade de uma pessoa e sabe que é o responsável por aquilo o seu peito estufa. Quando no envolvemos com uma pessoa e nos comprometemos com a ajuda a recompensa é incomparável, e geralmente é com uma inteligência assim como a sua que e faz isso, pois pessoas comuns não passam por problemas que necessitam de um gênio. Pra mim a genialidade intelectual de nada vale se não há um pouco de coração. Deve haver um equilíbrio.
Mas eu acho que, antes de ajudar os outros, você precisa ajudar os a si mesmo. É como com uma amiga minha, que eu vinha tentando a ajudar a um bom tempo e só recentemente que consegui: eu não conseguia ajudar porque era mais miserável do que ela, e um aleijado não pode ajudar um manco a andar. Mas o amor dela, o companheirismo mesmo nas horas desesperadors da vida foi o que me integrou com o mundo de fora. Foi aí que percebi que essas tentativas exaustivas de ajudá-la eram na verdade uma tentativa de ME ajudar. E sempre que tudo parecia resolvido eu me sentia bem. Acontece que eu me curei através da amizade. Confessando minhas misérias ouvindo ás dela. Ela aliviava meu tormento e eu aliviava o tormento dela.
Sobre falar ao vivo, eu tentei te contactar pelo orkut e não consegui. Tem uma espécie de messenger lá, só que eu já testei e é uma merda. Cheio de bug.
Tenho que entender, pra responder essa pergunta, quais são os motivos pra você não usar messengers: se for por privacidade, você pode usar um alternativo e pouco conhecido, como o yahoo messenger ou o google talk.
Não uso msn por uma série de circunstâncias: quase nunca estou on-line (fico apenas alguns minutos por dia), não tenho ninguém com quem falar, não tenho o costume (e não estou disposto a criá-lo no momento), etc.
Não tenho nada a acrescentar ao que você disse, a não ser que, como seu amigo, também eu vou ignorar seus conselhos, por melhores que eles sejam.
Seria bom nos falarmos ao vivo, pra variar. compreensão é muito maior.
Se e quando você estiver disposto a usar o messenger é só entrar em contato comentando no blog ou no orkut.
A escolha é sempre sua e eu não vou ficar repetindo as coisas: estou certo de que não entendi a sua situação por completo, e por isso bati na tecla do msn. Volta e meia eu volto aqui e leio mais alguma coisa pra opinar e tal.
Eu hoje não tenho palavras bonitas: to meio abatido.
Cara, essa sua análise foi brilhante! Não fique tão pessimista. Vá desabafar seu pessimismo com outro pessimista. Alivie tudo. Tente não ser consumido pelas emoções, já que já fomos consumidos pelos lobos. Tente um sonho lúcido. Faça nele o que quiser para aliviar o seu sofrimento. Crie seus próprios valores e ria dos lobos e ovelhas por ignorarem a tua verdade. Você é pessimista porque isso está cravado no seu subconsciente. Não fique iludido com o pessimismo e nem com o otimismo. Porém, não perca as esperanças. Pergunte ao seu subconsciente como achar o equilíbrio, ou sugira o equilíbrio à ele. Pode parecer loucura, mas apenas tente. Ou não tente, a escolha é sua. Todos estamos em fase de inércia, mas olhe-a com otimismo. Veja tudo o que você ensina com suas postagens. (Nem sei se você ainda está nessa fase, mas por via das dúvidas...)
Barmen,
Grato pelo elogio e pelas dicas. Eu escrevi bem mais sobre o assunto da publicidade no capítulo 84 (link abaixo), não sei se vc leu ele também.
Bem, eu já mudei bastante desde que escrevi esse texto aí em cima. Espero encerrar o blog com um texto que faça um apanhado geral das mudanças psicológicas pelas quais passei.
http://outsidercaos.blogspot.com/2009/10/lxxxiv-acerca-de-consideracoes-mais.html
A propósito, Admirável Mundo Novo é um dos livros favoritos dos estudantes de publicidade. Ou seja, os publicitários pensaram sim em tudo o que você observou. Eles conheciam muito bem a fonte.
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