sábado, 6 de junho de 2009

LXVII - O Império Romano da Antiguidade e o Império Estadunidense contemporâneo - parte 1 de 4 - Resumo e Introdução


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§ 67







(...) os EUA apresentam um déficit fiscal de natureza estrutural cuja incompressibilidade decorre da própria política financeira e da política armamentista, ambas agressivas e ‘imperiais’. ( TAVARES, 1985, p.7)



RESUMO


A cidade de Roma, fundada por volta de 1000 a.C., após resolver seus grandes conflitos internos (patrícios contra plebeus), dedicou-se à prática imperialista. Primeiro dominou a Península Itálica e posteriormente formou um grande império no mediterrâneo. O Império Romano, baseado no modo de produção escravista, levou esse modo de produção ao seu clímax e à sua posterior dissolução. As colônias inglesas na América, guiadas pelas colônias do norte (as quais se destinavam ao povoamento), em função de conflitos econômicos, declararam sua independência da Inglaterra em 1776. Após a resolução dos seus grandes conflitos internos ( colônias do norte contra colônias do sul) os EUA se dedicaram à prática imperialista. Primeiro por meio do colonialismo tradicional, depois por meio do neocolonialismo, mais difuso e dissimulado. O império estadunidense se mantém até os dias atuais.



INTRODUÇÃO


Muitas vezes há comparações entre os EUA atuais e o Império Romano. Parece ser uma idéia do inconsciente coletivo que os EUA na atualidade têm semelhanças com Roma na Antigüidade. Posso citar como exemplo a capa de uma grande revista de circulação nacional (Veja, no. 1781 de 11/12/2002) que, para noticiar o encontro do presidente brasileiro com o presidente estadunidense, colocou em sua capa a manchete: “Lula vai a César”, e apresentou uma fotomontagem na qual o presidente dos EUA aparece trajado como um imperador romano. Outro exemplo é o filme “As Invasões Bárbaras”, continuação de “O declínio do Império Americano”. O filme canadense, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2003, trata, entre outros temas, do papel da imigração latina e asiática para as áreas centrais do sistema econômico mundial, e faz uma analogia com as invasões bárbaras que acabaram levando o Império Romano ao colapso.




Todavia, as diferenças entre os modos de produção da Antigüidade e o contemporâneo não permitem uma fácil comparação entre os dois impérios, e as desigualdades parecem mais salientes que as igualdades.

O Novo Dicionário Aurélio assim define “império”: “1. Autoridade, comando, domínio. 2. Influência dominadora; predomínio, preponderância (...). 3. Monarquia cujo soberano tem a título de imperador ou imperatriz. 4. P. ext. O território desse Estado. (...)” (FERREIRA, 2004, p. 1077).

Nesse trabalho, a palavra “império” é utilizada conforme a segunda acepção, embora muitas vezes a expressão “Império romano” seja usada em referência não a hegemonia de Roma sobre um vasto território conquistado, mas sim a organização política inaugurada por Otávio Augusto em 27 a.C. e que é contemplada pela terceira acepção da palavra “império” apresentada pelo referido dicionário.

O mesmo dicionário assim define “imperialismo”: “1. Forma de governo em que a nação é um Império. 2. Política de expansão e domínio territorial e/ou econômico de uma nação sobre outras.” (FERREIRA, 2004, p.1077).

Nesse trabalho a palavra “imperialismo” é utilizada conforme a segunda acepção apresentada pelo supracitado dicionário.

Na tentativa de atingir o seu objetivo, esse trabalho adotará a seguinte estrutura: 1. Breve descrição da história do Império Romano. 2. Breve descrição da história dos EUA e de seu Imperialismo. 3. Comparações entre o Império Romano e o Império Estadunidense.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 3 ed. Curitiba: Positivo, 2004.
TAVARES, Maria da Conceição. A Retomada da Hegemonia Norte-Americana. Revista de Economia Política. São Paulo, v.5, n.2, p.5-15. Abril- Junho. 1985.





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Tempore, quo cognitio simul advenit, amor e medio supersurrexit.

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