sábado, 18 de abril de 2009

### 20 - Paráfrase do corpo.

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A afirmação da vontade é a própria vontade, que subsiste com a inteligência e não fica nada enfraquecida com isso, enfim, tal como ela se nos oferece em geral, enchendo a vida do homem. Ora, o corpo, é a primeira manifestação da vontade, sob as condições determinadas pelo grau e o indivíduo de que se trata; e a vontade desenvolvida no tempo é, por seu lado, apenas a paráfrase do corpo, uma explicação do que ele significa, tanto no seu conjunto quanto nas suas partes; essa vontade é, portanto, apenas uma revelação da mesma coisa em si da qual o corpo é uma primeira forma visível. Podemos, por conseguinte, dizer, em vez de afirmação da vontade, afirmação do corpo. O tema sobre o qual a vontade, através dos seus diversos atos, executa variações é a pura satisfação das necessidades que, no estado de saúde, resultam necessariamente da própria existência do corpo: o corpo já as exprime; e resumem-se a dois pontos: conservação do indivíduo, propagação da espécie.


(Arthur Schopenhauer, O Mundo Como Vontade e Como Representação, Tomo I, capítulo LX)






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Tempore, quo cognitio simul advenit, amor e medio supersurrexit.

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