sexta-feira, 6 de junho de 2008

XXIV - Um bilhete.

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§ 24




Death we know/Comes to all of us alive/But all I want is you/All I need is you/All I want... (Serj Takian, Elect the dead)


Por que desejamos algo que seja o nosso oposto, que "nos complete"?
Por que dia após dia?
Por que somos dominados por essas volições?
Por que nossa racionalidade não consegue nos salvar disso?
Por que nenhuma outra coisa é capaz de nos saciar?
Por que as coisas são assim?
Por que semana após semana?
Por que desejamos aquilo que não podemos ter?
Por que nossos olhos confessam o que não temos coragem de dizer?
Por que não conseguimos acabar com tudo isso?
Por que mês após mês?
Por que o tão igual parece tão diferente?
Por que não há paz?
Por que sofrer, tremer, chorar?
Por que chegamos a preferir a morte à vida?
Por que vivemos uma mentira, uma farsa?
Por que a dor não se interrompe?
Quero me libertar.





***

Tempore, quo cognitio simul advenit, amor e medio supersurrexit.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Só continuo a viver pois posso morrer quando quiser. Se não fosse pela idéia de suicídio, eu já teria me matado há muito tempo." Cioran.