tag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post3678205370233898580..comments2023-06-22T11:06:19.624-03:00Comments on Outsider à beira do abismo: CVII - Acerca de considerações sobre a dicotomia insider x outsider.Duan Conrado Castrohttp://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.comBlogger53125tag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-18829167689778696962011-04-05T01:33:06.945-03:002011-04-05T01:33:06.945-03:00Próprio: idem, ipse? Mesmo: self, sibi? Alteridade...Próprio: idem, ipse? Mesmo: self, sibi? Alteridade, identidade, ipseidade, "mesmitade; mesmitude; mesmice". ..."nós", improducentes...<br /><br />"Vita via est"Marcusnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-864480229642545252011-04-04T22:06:05.774-03:002011-04-04T22:06:05.774-03:00Hum, agora (acho que (meio que)) entendi a sua pro...Hum, agora (acho que (meio que)) entendi a sua proposta. “(Des)compreensão. E improdutiva.” E isso no contexto do desenvolvimento da própria alteridade (tornar-se a si mesmo)...Isso foi o melhor que eu, na minha ignorância, consegui extrair da sua linguagem complexa.Duan Conrado Castrohttps://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-11534072443498891362011-04-03T22:18:15.174-03:002011-04-03T22:18:15.174-03:00"Referi-me à 'síntese" de Wilson, nã..."Referi-me à 'síntese" de Wilson, não a um critério: o "ideal" dele seria providenciar o mínimo a si sem fetichismo (que, digressivamente, me faz recorda "the food not bombs movement")... Concordando com você quanto ao trabalho (ou ponocratismo e coerção à procissão "empregomaníaca"?), sim, há as diferenças entre "labore", "opera" e "poese", e tal (criação de) necessidade de (exercê-lo/)executá-lo para (sobre)viver. Quanto às passagens, isto me é óbvio e não quero coagi-lo: há transposição (metátese) ou... «velle non discitur?» , i. e., se admitirmos o nosso "cérebro trino" como subreptiliano, ambiversa e reptativa «veleidade»? ...suponhamos (hipótese) velível subverter a vo(lu)ntade "intransversível" pela m(n)emética. E "contra" mim, que não admito imanência/transcedência em prol da dimanação introjetiva-intelectiva, posso distorcer esta palavra de Schopenhauer a este contexto: "Em suma, visto que o homem é inteiramente apenas a forma visível da sua própria vontade, não há seguramente nada de mais absurdo do que ir colocar-se à cabeça de um outro que não ele mesmo: para a vontade, isto é cair numa contradição flagrante consigo mesma. Se é vergonho vestir-se com a roupa doutro, é-o muito mais parodiar as qualidades e particularidades do outro: é confessar claramente a sua própria nulidade."<br />.<br />"Superação do agonismo", não. (Des)compreensão. E improdutiva. A transvaloração (consignativa, afirmativa) e a resignação (desvalorativa, "opositiva"), a distinguir sín(t)ese de sín(d)ese, expressa na primeira (res)significação pela arrenegação e, na segunda, (trans)significação pela abnegação. Disso resulta a advertência, mas e o tri-vial? Consideremos que dialético é a concepção de indivíduo (unidade, ambitendência) e unitário (metipseidade, amb-ição), (in)equívoco e "ambívio", por evecções diádicas, triádicas, tretádicas ou poliádicas, não dualismo e "monismo", (bi)unívoco e "trívio". A dicotomia maior seria a "aversividade" ao abjuntivo e abjeto vs. as adversariedades adjuntivas e adjetas, entendendo o vertente projeto-disjunção dos constructos da efetividade (com a idealização, realização e legitimação) ao evertente trajeto-subjunção dessignificante da facticidade (com o virtual, atual e sensualístico), para (irr)elevar a insignificância e nihilidade. Assim ficaria a trivialidade "reducionista": ex(s)ecrável: anticrístico/protagonista ou (biunivocidade: adversário) consecratória: crístico/antagonista, e "sacrílego": "ateístico/abagonista".Marcusnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-65031669607783962052011-04-03T16:58:41.738-03:002011-04-03T16:58:41.738-03:00Não tenho certeza que a referida metábole seja tão...Não tenho certeza que a referida metábole seja tão válida. Primeiro, porque penso que o trabalho não é necessariamente um fardo. O fardo é o trabalho alienante, que realmente é o trabalho que a maioria precisa executar para viver. Mais há trabalhos, aqueles que envolvem criatividade, expressão artística, expressão intelectual, expressão corporal, que, sob certas circunstâncias, podem ser gratificantes. Presumo que se usássemos essa metábole para diferenciar insider de outsider, encontraríamos mais outsiders do que com o critério que eu apresentei no texto, pois há insiders que não suportam seus trabalhos, mas que acabam se resignando seja por causa que têm bocas para alimentar (filhos) seja porque efetuam catarse mediante a religião, as drogas, indústria cultural, o coito, etc. Ora, todas essas catarses passam pela sociabilidade, pelos relacionamentos interpessoais, os quais são problemáticos ao outsider (por isso, ele não consegue se alienar por meio dessas catarses, ficando preso à dura realidade de sua mediocridade e inadaptação).<br /><br />Como eu disse, nunca estudei Nietzsche. Embora agradeça pelas passagens que você me sugeriu a leitura, eu não iria estudá-las sem, antes, fazer todo um estudo introdutório ao pensamento do filósofo do martelo, pois creio que essas passagens só seriam completamente inteligíveis dentro do contexto maior da obra e da biografia dele.<br /><br />Realmente estou impressionado com a sua linguagem poluída. Não entendi qual é exatamente o conteúdo que você está defendendo (onde você quer chagar com suas afirmações). Você está defendendo uma superação do agonismo? Que “dicotomia maior” é necessária?Duan Conrado Castrohttps://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-76920322092737738192011-03-31T04:02:50.632-03:002011-03-31T04:02:50.632-03:00Minha linguagem está poluidíssima... porém, preten...Minha linguagem está poluidíssima... porém, pretendi fazer algumas "correções" indiretas aos comentários antesseguidos e indicações às suas objeções.<br />.<br />//////////<br />.<br />Na página 241, Wilson diz:<br />"All men should possess a 'visionary faculty'. Men do not, because they live wrongly. They live too tensely, under too much strain, 'getting and spending'. But this loss of the visionary faculty is not entirely man's fault, it is partly the fault of the world he lives in, that demands that men should spend a certain amount of their time 'getting and spending' to stay alive. …The visionary faculty comes naturally to all men. When they are relaxed enough, every leaf of every tree in the world, every speck of dust, is a separate world capable of producing infinite pleasure. If these fail to do so, it is man's own fault for wasting his time and energy on trivialities. ...<br />.<br />... The ideal is the contemplative poet, the 'sage', who cares about having only enough money and food to keep him alive, and never takes thought for the morrow."<br />.<br />Diria que "constituem os diádicos hipônimos «protagonista» e «antagonista» a hiperonímia agonística." A síntese é advertita nesta metábole: "(o insider) vive para trabalhar, (o outsider) trabalha para viver." Tripalium e não poesia (ambos ciladas)...<br />.<br />//////////<br />.<br />Sobre a mediocridade, ou aurea mediocritas horaciana, leia em «vontade de potência»:<br /><br />Livro Segundo, Crítica dos Valores Superiores, II — Crítica do Cristianismo, b) O ideal cristão: 134, 135, 136, 137, 138, 139.<br />Livro Quarto, Disciplina e Seleção, II — A Nova Hierarquia: 386, 387, 388; Por que os fracos são vitoriosos: 389.<br /><br />(Lib)ertação e (sal)vação, e(man)cipação e e(duc)ação, não são todos da dinâmica agonista? Não há abjunção, e sim adversão entre protagonizar e antagonizar. A cult-ura e a civil-ização, a archaica matriz hierárquica, ponocrática e plutonômica, e a obsessão literária, pictórica e cênica, é tudo agonismo por concupiscência. Que é o sentimento de Irrealidade de em "what can be said to characterize the Outsider is a sense of strangeness, or unreality. This is the sense of unreality, that can strike out of a perfectly clear sky", senão a per-plexidade subseguida à consternação de que o homo s. sapiens (os humanos, não os "homens") estão fadados à "disipiência" e reificação? E abjungir-se não é "amor fati", padecer (de páthos, patescer) de amores ao fado (fatum). O deicídio de Cristo descrito no Passus ("deus crucificado" ou "deus está morto, e sacrificado ao nada", aludidos no § 55 do "extramoral") seria consolador se não estivéssemos sob o "laico" Estado e o Clero. Por isso, digo foda-se à resipiscência, pois transvaloração e resignação são adversões agonísticas, e o eterno retorno (e degeneração) dos homens, "das raças pródigas e de ascendência", são mal-ditas. Mediação também é per-versão, ao inverso de não-agonismo (quase praticado pelos primitivistas e anarquistas verdes e anti-civilização, também decepcionantes como tudo). ...necessita-se de uma dicotomia maior.<br /><br />Natura non contristatur, a natureza não se contrista (afinal, não tem personalidade), como nos diz Schopenhauer no § 54. Não é legislado o nosso genius, e sim o nosso daemonium. Subtraio, alogicamente, à silogística e à dialéctica o suicídio por nonsense. E vou fazê-lo sem o egotismo psicanalítico e o ipseísmo daseinsanalítico.Marcusnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-1699371898223177372011-03-29T22:00:43.278-03:002011-03-29T22:00:43.278-03:00Marcus
Sim, Nietzsche como de costume com sua fil...Marcus<br /><br />Sim, Nietzsche como de costume com sua filosofia devastadora. Admito que nunca me dediquei ao estudo das obras dele, e sei que se o fizesse mudaria radicalmente de opinião sobre TUDO.<br /><br />Pelo seu nível de verborréia, depreende-se que está ANOS-LUZ há minha frente em investigações filosóficas, e na investigação acerca da natureza do outsider. Não tenho nada a fazer a não ser tomar os seus apontamentos para um futuro estudo (que nunca vai ocorrer, pois tenho uma lista gigantesca de “futuros estudos”). A verdade é que eu (como, se não me engano, confessei no próprio capítulo acima) não estudei minimamente a literatura sobre o outsider. <br /><br />“That is people too clever to fit into everyday society and accept the jobs that most people do, but not clever enough to be scientists and artists and create their own niche.” <br /><br />Bem, só posso dizer que, quanto a isso, CONCORDO PLENAMENTE. Aliás, eu vivo repetindo isso aqui nesse blog. Se eu fosse talentoso ou esperto o suficiente para me livrar do ambiente medíocre em que vivo, provavelmente seria um insider, um insider da “elite”. O que me mortifica é a mediocridade das pessoas que me cercam, mas também a autoconsciência da minha própria mediocridade, pois se eu realmente fosse talentoso o suficiente (ou tivesse nascido em uma família com mais recursos) teria conseguido me inserir na elite da sociedade, e provavelmente isso seria suficiente para saciar ao meu narcisismo.<br /> <br />Mas concordo que essa opinião de Wilson não é suficiente para explicar, por exemplo, o intelectual maldito (que eu considero um tipo de outsider), ou mesmo muitos ocultistas (como Gurdjieff), que eu também considero como outsiders. Com certeza é preciso diferenciar o outsider medíocre do genial. Talvez a diferença é que o medíocre sempre fracassa em tentar criar um caminho próprio, diferentemente do intelectual maldito ou do ocultista.<br /><br />Hesíodo eu também desconheço completamente. Eu sou um outsider medíocre, que, aliás, já desistiu de estudar filosofia e se recolheu para a miséria do eudemonismo.Duan Conrado Castrohttps://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-32097683825497192502011-03-23T04:04:46.247-03:002011-03-23T04:04:46.247-03:00.
A Alteridade coincide com a Ipseidade tanto quan....<br />A Alteridade coincide com a Ipseidade tanto quanto dela difere: o Outro é o Mesmo (coincide com o Mesmo) tanto quanto é — na referência ao Mesmo — o Outro (difere de si Mesmo). Zeus é os ciclopes e os ciclopes são atributos da essência de Zeus tanto quanto os ciclopes são os ciclopes (e não Zeus) e Zeus é Zeus (e não os ciclopes). Igualmente, Mêtis é uma faculdade do espírito de Zeus e Zeus tem incorporada a seu espírito essa faculdade nomeada Mêtis tanto quanto Mêtis é Mêtis com uma existência e uma história outras que não são nem a existência nem a história de Zeus;<br />A coincidentia oppositorum da Alteridade e da Ipseidade, pela qual ambos esses termos coincidem tanto quanto e ao mesmo tempo que diferem<br />entre si, é a condição [Metipseidade] que possibilita a relação de concomitância entre os entes e eventos, uma concomitância onto-cronológica (i.e., tanto temporal quanto ontogenética) que substitui a relação de causa e efeito. A imbricação do tempo na complexão de linguagem-ser-e-poder revela agora, na condição mesma pela qual essa imbricação se dá, o aspecto enantiológico que assume a manifestação do Ser para o pensamento da Época Arcaica; (VII, Memória e Moîra)<br />.<br />Vimos já, na análise que fizemos do significado da palavra Kháos e de sua função nas origens mundificantes, que estas fórmulas temporais protista e épeita são um recurso entre outros de que Hesíodo se serve para indicar a prioridade meôntica (do Não-Ser, que se exprime na imagem mítica do Kháos e do Tártaro) na constituição ôntica (de cada ente em que se explicita o Ser-Fundamento da Terra, Assento irresvalável de tudo); e<br />"Bem primeiro" e "depois", ainda que sejam fórmulas temporais, não têm nesses versos implicações de ordem cronológica. Fórmulas temporais, elas constituem um dos recursos para se mostrar que Kháos (imagem mítica da Negação-de-Ser e do limite-contorno anti-ôntico que circunda e configura todo ser) tem uma envergadura e um peso mais decisivos na constituição de cada ser (de cada indivíduo) do que o Ser-Fundamento da Terra e Éros. (Éros [o primordial, e não o da cupidícia (cobiça), de Eros e Psique]: força cosmogônica e filogenética de procriação dos seres vivos, i.e., da vida). (VIII, A Temporalidade da Presença Absoluta)Marcusnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-33403684100842856132011-03-23T04:03:24.986-03:002011-03-23T04:03:24.986-03:00//////////
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(Pensei que postara o final do coment...//////////<br />.<br />(Pensei que postara o final do comentário a 20/03. Ei-lo:)<br />.<br />Essas "superações (in)complexas" (— ou hiperonímias plécticas? —) da dicotomia são, por pletismo, anátemas pliotácticos e antidialéticos, self-mindfucking politômica para incompreensão das diáteses e complexos. Heráclito, por G. A. Bornheim, disse que "A maioria tem por mestre Hesíodo. Estão convictos ser o que mais sabe, — ele, que nem sabia distinguir o dia da noite. Pois é uma e a mesma [metipsimus, de metipsa] coisa", ou, dialeticamente, "reconheçam que todas as coisas são um", em sua síntese polissêmica que complica e totaliza a unidade "pletórica" da pluralidade, reversa à simplificação e multiplicação. Porém, não depreciar a Hesíodo. Como Torrano "retifica" em sua tradução, «Teogonia: A Origem dos Deuses»,<br />.<br />A manifestação das Musas não é apenas um esplendor e diacosmese que se opõem ao reino das trevas e da carência, mas sobretudo tem no antinômico reino da Noite o seu fundamento e, ao esplender em seu fundamento, dá a este mesmo reino antinômico a sua fundamentação. Nesta sabedoria arcaica, que encontrou em Heráclito a sua expressão mais clara (e mais obscura), cada contrário, ao surgir à luz da existência, traz também, por determinação de sua própria essência, o seu contrário. Na oposição em que se opõem, os opostos vigoram no mesmo vigor em que um contra o outro os opõe a unidade que na essência deles os reúne a um e outro; (III, Musas e Ser)<br />.<br />Dia e Noite aqui são princípios ontológicos, a exprimirem imageticamente a esfera do Ser e a do Não-Ser. Esta oposição especular (Érebos: Éter: Noite: Dia) é subsumida no jogo enantiológico que é a mundivisão exposta na Teogonia. Dia e Noite, Ser e Não-Ser, guardam em si uma relação íntima e profunda entre si: o Ser vige e configura-se segundo uma estrutura configurada pelo Não-Ser, de tal forma que o pensamento que pensa o que é o Ser não pode não pensar o Não-Ser; (V, A Quádrupla origem da Totalidade)<br />.<br />Quanto à Linhagem de Caos, já estudada no capítulo anterior, vamos retomá-la aqui concisamente. A ela pertence tudo o que se marca pela chancela do Não-Ser, todas as formas de violência das potências negativas e destrutivas. Os descendentes de Caos não se unem procriativamente a ninguém (exceto a união de Érebos e Noite, que procriam assim Éter e Dia, segundo o verso 125, que por isso é dado como não-hesiódico por alguns editores); eles atuam como potências de cisão, de desagregação, da violência e da morte, — pois assim se expressa o poder de Caos; (VI, Três fases e Três linhagens)Marcusnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-71369813482983025982011-03-20T20:48:46.354-03:002011-03-20T20:48:46.354-03:00Cuando abro mis insomnes ojos al amanecer, me encu...Cuando abro mis insomnes ojos al amanecer, me encuentro aprisionado en una oscura cueva de cuyo techo cuelgan insectos y por cuyo suelo se arrastran las víboras.<br />Cuando salgo a encontrar la luz, la sombra de mi cuerpo me sigue, pero la sombra de mi espíritu me precede y me guía hacia un lugar desconocido buscando cosas más allá de mi entendimiento, y asiendo objetos que no tienen sentido para mí. Cuando la marea se nivela, regreso y me acuesto sobre mi lecho, hecho de suaves plumas, y rodeado de espinas, y contemplo y siento los molestos y alegres deseos, y percibo con mis sentidos dolorosas y gozosas esperanzas.<br />A medianoche los fantasmas de los siglos pasados y los espíritus de la olvidada civilización entran por las grietas de la cueva a visitarme. Los contemplo y ellos me miran fijamente; les hablo y me contestan sonrientes. Luego trato de asirlos, pero se escurren entre mis dedos y desaparecen como la bruma que flota sobre el hago.<br />Soy un extraño en este mundo, y no hay nadie en el Universo que entienda mi lenguaje.<br />Fantasmas de recuerdos fantásticos cobran forma súbitamente en mi mente, y mis ojos producen raras imágenes y tristes pesadillas. Camino por las desiertas praderas, observando los arroyos correr rápidamente, hacia arriba y arriba, desde las profundidades del valle hasta la cima de la montaña; observo a los árboles desnudos florecer y dar frutos; y derramar sus hojas en un instante, y luego veo las ramas caer y convertirse en manchadas serpientes. Veo a los pájaros revoloteando en lo alto, cantando y lamentándose; luego se detienen y abren sus alas y se vuelven desnudas doncellas de larga cabellera, que me miran detrás de ojos pintarrajeados y lánguidos, y me sonríen con melosos labios sensuales, y alargan sus perfumadas manos hacia mí. Luego ascienden y desaparecen de mi vista como fantasmas, dejando tras de sí el resonante eco de su sarcástica y burlona risa.<br />Soy un extraño en este mundo... Soy un poeta que compone lo que la vida escribe en prosa, y que escribe en prosa lo que la vida compone.<br />Por esta razón soy un extraño, y permaneceré un extraño hasta que las blancas y amistosas alas de la Muerte me lleven a mi hogar en mi hermoso país. Allí, donde reinan la luz y la paz y el entendimiento, esperaré a los otros extraños que serán rescatados por la amistosa trampa del tiempo de este mundo estrecho y oscuro.<br />.<br />//////////<br />.<br />A «transvaloração» e o «além do bem e o do mal» do "Anticristo".<br />.<br />Isso não é bipolaridade se o outsider o for "psicologica" e não "sociologicamente", de uma "realidade" (psicossocial) nihilista? Enquanto o humano insider é mantido sistaticamente e se divertindo do real, por que o outsider quereria ser amoralista, autoritário e pragmático, superando-o como homem (— e se "excomungar", excomunicare, ao inverso de se abjungir do jugo, domínio e "sin(h)érese" —)?<br />.<br />O livro "extramoral", sétima parte, as nossas virtudes, 225:<br />.<br />"Hedonismo, pessimismo, utilitarismo ou eudemonismo: todos esses modos de pensar, que têm por medida o prazer e o sofrimento, isto é, certos estados acessórios são modos de pensar primitivos e ingênuos, que cada um que se sinta de posse de forças criadoras [o irônico poeta] e de uma consciência artística olhará com ar de desprezo, não falto de compaixão. Compaixão de vós, sim! Mas não a compaixão tal qual a entendeis, não se trata da compaixão pela miséria social, pela sociedade, pelos seus doentes e suas vítimas, pelos seus viciados e vencidos desde a origem que jazem espedaçados a nosso redor e menos ainda compaixão por catervas de escravos resmungadores, opressos e sediciosos, que aspiram ao domínio que chamam "liberdade". A nossa compaixão é bem mais elevada, vemos que o homem se empequenece, que vos o diminuis!"<br />.<br />E prossegue em «Vontade de potência — Ensaio de uma transmutação de todos os valores»...Marcusnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-47353419590702215742011-03-20T20:46:26.572-03:002011-03-20T20:46:26.572-03:00«Outsider», se epitético, não é laudativo, e isto ...«Outsider», se epitético, não é laudativo, e isto é "verificável" por poesia vulgar, como «A Self Imposed Outsider», de Francis Duggan, e «Outsider With Insight», de Lawrence Pertillar, em http://www.poemhunter.com/search/?w=title&q=outsider; conota, coloquialmente, pejorativo aos anglófonos, e não é melhor a denotação sociológica de Howard S. Becker, em «Outsiders: Studies in Sociology of Deviance», a de Robert K. Merton, em «Insiders and Outsiders: A Chapter in the Sociology of Knowledge», e a de Norbert Elias, and John L. Scotson, em «The Established and the Outsiders: A Sociological Enquiry into Community Problems».<br />.<br />Entretanto, estes livros, incluindo «The Outsider», estão alienados e infectados do e por o nihilismo e a caosmose (pós-)moderna, e que não nos permitiria o encômio psicológico de uma significação diatética, compreendendo-o não grupal ou socialmente, porém, "tribalmente", a considerar «tribunal», «contribuinte» e «tributário»: isto (¿) estaria coerente (?) com a resposta "hipócrita" de Wilson à entrevista de Paul Newman, de sugestão à inércia (não apraxia) e inconivência cultural, em http://wilderdom.com/wilson/, Interviews with Colin Wilson:<br />.<br />In 'The Outsider' you gather a number of different types of thinker under one umbrella — examine and analyse their various types of alienation. But what is the central thesis?<br />.<br />What I was saying is that in modern civilisation there does not seem to be a place for those people I call outsiders. That is people too clever to fit into everyday society and accept the jobs that most people do, but not clever enough to be scientists and artists and create their own niche. Our society ignores these people and they need to be given a sense of solidarity — to feel they are not alone. That is why, when 'The Outsider' came out, I was snowed under with letters beginning, "Dear Mr. Wilson, I am an outsider..."<br />.<br />Este se "sentiria" (ou inteligiria) como O Poeta (— eis uma ironia —), de Khalil Gibram, em al-‘Awāsif (La Tempestad), de 1920, e não como o Silas, com devido respeito por a "desiformação" do blog: «Também me considero Outsider: nem no grupo dos Junguianos eu me encaixo direito»:<br />.<br />EL POETA<br />.<br />Soy ajeno a este mundo, y hay en mi exilio una severa soledad y una dolorosa tristeza.<br />Estoy solo, pero en mi soledad contemplo un país desconocido y encantador, y esta visión llena mis sueños de espectros de una tierra grande y lejana que mis ojos nunca han visto.<br />Soy un extraño entre mi gente y no tengo amigos. Cuando veo una persona me digo a mí mismo, "¿Quién es él, y de qué manera lo conozco, y por qué está aquí, y qué ley me -ha unido a él?"<br />Soy un extraño a mí mismo, y cuando oigo hablar en mi propia lengua, mis oídos se asombran de mi voz; veo a mi ser interior sonriendo, llorando, desafiando y temiendo; y mi existencia se 'pregunta sobre mi sustancia mientras mi alma interroga a mi corazón; pero yo permanezco ajeno, sumergido en un silencio tremendo.<br />Mis pensamientos son extraños a mi cuerpo, y al colocarme delante del espejo, veo algo en mi rostro que mi alma no ve, y encuentro en mis ojos lo que mi ser interior no encuentra.<br />Cuando camino con los ojos vacíos por las calles de la clamorosa ciudad, los niños me siguen, gritando: "Aquí hay un ciego. Démosle un bastón para que encuentre su camino." Cuando huyo de ellos, me encuentro con un grupo de doncellas que aferran los bordes de mis ropas diciendo: "Es sordo como una tapia; llenemos sus oídos con la música del amor.Y cuando me escapo de ellas, una multitud de viejos me señala con dedos temblorosos diciendo: "Es un demente que enloqueció en el mundo de los genios y los espíritus."<br />Soy un extraño en este mundo; recorrí el Universo de punta a punta, pero no pude encontrar un lugar donde aposentar mi cabeza; ni conocí a ningún humano con el que pudiera confrontarme, ni a un individuo que pudiera escuchar mis pensamientos.Marcusnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-61302964161744729762011-03-20T20:43:04.677-03:002011-03-20T20:43:04.677-03:00Cuando abro mis insomnes ojos al amanecer, me encu...Cuando abro mis insomnes ojos al amanecer, me encuentro aprisionado en una oscura cueva de cuyo techo cuelgan insectos y por cuyo suelo se arrastran las víboras.<br />Cuando salgo a encontrar la luz, la sombra de mi cuerpo me sigue, pero la sombra de mi espíritu me precede y me guía hacia un lugar desconocido buscando cosas más allá de mi entendimiento, y asiendo objetos que no tienen sentido para mí. Cuando la marea se nivela, regreso y me acuesto sobre mi lecho, hecho de suaves plumas, y rodeado de espinas, y contemplo y siento los molestos y alegres deseos, y percibo con mis sentidos dolorosas y gozosas esperanzas.<br />A medianoche los fantasmas de los siglos pasados y los espíritus de la olvidada civilización entran por las grietas de la cueva a visitarme. Los contemplo y ellos me miran fijamente; les hablo y me contestan sonrientes. Luego trato de asirlos, pero se escurren entre mis dedos y desaparecen como la bruma que flota sobre el hago.<br />Soy un extraño en este mundo, y no hay nadie en el Universo que entienda mi lenguaje.<br />Fantasmas de recuerdos fantásticos cobran forma súbitamente en mi mente, y mis ojos producen raras imágenes y tristes pesadillas. Camino por las desiertas praderas, observando los arroyos correr rápidamente, hacia arriba y arriba, desde las profundidades del valle hasta la cima de la montaña; observo a los árboles desnudos florecer y dar frutos; y derramar sus hojas en un instante, y luego veo las ramas caer y convertirse en manchadas serpientes. Veo a los pájaros revoloteando en lo alto, cantando y lamentándose; luego se detienen y abren sus alas y se vuelven desnudas doncellas de larga cabellera, que me miran detrás de ojos pintarrajeados y lánguidos, y me sonríen con melosos labios sensuales, y alargan sus perfumadas manos hacia mí. Luego ascienden y desaparecen de mi vista como fantasmas, dejando tras de sí el resonante eco de su sarcástica y burlona risa.<br />Soy un extraño en este mundo... Soy un poeta que compone lo que la vida escribe en prosa, y que escribe en prosa lo que la vida compone.<br />Por esta razón soy un extraño, y permaneceré un extraño hasta que las blancas y amistosas alas de la Muerte me lleven a mi hogar en mi hermoso país. Allí, donde reinan la luz y la paz y el entendimiento, esperaré a los otros extraños que serán rescatados por la amistosa trampa del tiempo de este mundo estrecho y oscuro.<br />.<br />//////////<br />.<br />A «transvaloração» e o «além do bem e o do mal» do "Anticristo".<br />.<br />Isso não é bipolaridade se o outsider o for "psicologica" e não "sociologicamente", em uma "realidade" (psicossocial) nihilista? Enquanto o humano insider é mantido sistaticamente e se divertindo do real, por que o outsider quereria ser amoralista, autoritário e pragmático, superando-o como homem (— e se "excomungar", excomunicare, ao inverso de se abjungir do jugo, domínio e "sin(h)érese" —)?<br />.<br />O livro "extramoral", sétima parte, as nossas virtudes, 225:<br />.<br />"Hedonismo, pessimismo, utilitarismo ou eudemonismo: todos esses modos de pensar, que têm por medida o prazer e o sofrimento, isto é, certos estados acessórios são modos de pensar primitivos e ingênuos, que cada um que se sinta de posse de forças criadoras [o irônico poeta] e de uma consciência artística olhará com ar de desprezo, não falto de compaixão. Compaixão de vós, sim! Mas não a compaixão tal qual a entendeis, não se trata da compaixão pela miséria social, pela sociedade, pelos seus doentes e suas vítimas, pelos seus viciados e vencidos desde a origem que jazem espedaçados a nosso redor e menos ainda compaixão por catervas de escravos resmungadores, opressos e sediciosos, que aspiram ao domínio que chamam "liberdade". A nossa compaixão é bem mais elevada, vemos que o homem se empequenece, que vos o diminuis!"<br />.<br />E prossegue em «Vontade de potência — Ensaio de uma transmutação de todos os valores»...Marcusnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-2430668604550175912010-07-23T00:03:09.029-03:002010-07-23T00:03:09.029-03:00"Eu acho que a idéia dessa frase de Schopenha..."Eu acho que a idéia dessa frase de Schopenhauer já estava na sua cabeça quando você falou:(...)"<br /><br />Sim, já estava na minha cabeça. Mas eu insisto tentar acreditar que as pessoas são mais do que essa sopa rala de arsênico e fel...<br /><br />"As massas não conseguem exercer o livre-pensar? Seria "culpa do sistema" controlador? Como se daria esse controle do pensamento reflexivo?"<br /><br />Não sei até onde é culpa do "sistema". Acho que é um círculo vicioso de estupidez: o sistema dá o que as pessoas querem, e quando novas pessoas nascem num mundo já estúpido aprendem a querer só o que já está disponível. Schopenhauer já reclamava como o grande público consumia literatura de lixo, livros da moda que tem muitas tiragens no seu primeiro e último ano de vida. Não dá para simplesmente culpar a indústria cultural, como se, caso ela fosse destruída, as pessoas começariam a ler "Eros e Civilização" (ou qualquer outro livro decente) no ônibus.<br /><br />Houve um contratempo, então é provável que eu só termine "o cânon" na terça. Quando estiver pronto eu lhe mando. <br /><br />O que eu pretendo fazer é mais ou menos o seguinte.<br /><br />1. Depois de postar o cap. CXXII do blog eu vou tirar umas férias dele, até julho de 2011, para escrever a minha monografia de conclusão do bacharelado em ciências econômicas.<br />2. Vou postar a monografia no blog e escreve mais uns capítulos para o blog (menos de 10) e então irei encerrar o blog definitivamente.<br />3. Daí eu vou abandonar os ideais de verdade, justiça, utopia social e salvação do mundo para me dedicar pragmaticamente a ideais bem mais mesquinhos: a minha paz de espírito, a minha saúde, o meu bem-estar. Vou estudar uma série de livros que devem me ajudar nessa tarefa (ver lista abaixo). Também vou criar uma rotina de prática de exercícios físicos. Além de estudar esses livros, vou rever todos os meus diários (cadernos manuscritos que escrevo desde 2005), a fim de aprofundar o meu autoconhecimento.<br />4. Depois de tudo isso, lá pela metade de 2012, é que eu vou ver o que farei da minha vida profissional: se vou continuar mofando no banco público onde trabalho desde 2005, se vou tentar outro concurso público, se vou tentar mestrado, se vou tentar virar sindicalista, etc.<br /><br />Lista dos livros do item 3:<br /><br />Aforismos para sabedoria na vida (Schopenhauer)<br />A arte de ser feliz (idem)<br />A arte de se fazer respeitar (idem)<br />A arte de conhecer a si mesmo (idem)<br />A arte de ter razão (idem)<br />A arte da prudência (Baltazar Gracián) [esse era um dos livros favoritos do Schopenhauer]<br />A arte da guerra (Sun-Tzu)<br />A arte da guerra (Maquiavel)<br />Da vida feliz (Sêneca)<br />O poder da gentileza (Rosana Braga)<br />Os porcos-espinho de Schopenhauer (Deborah Anna Luepnitz)<br />A mente livre - O caminho interior para a libertação (Robert Powell)<br />A doutrina de Buda (Sidharta Gautama)<br />Bhagavad Gita (Krishna) [esse era um dos livros favoritos do Schopenhauer]<br />O Homem medíocre (José Ingenieros)<br />Como fazer amigos e influenciar pessoas (Dale Carnegie)<br />Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes (Stephen Covey)<br /><br />Os dois últimos são "clássicos" da auto-ajuda. Eu nem sei se vou conseguir lê-los até o fim, mas irei tentar.Duan Conrado Castrohttps://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-55605691909909225922010-07-22T19:49:00.007-03:002010-07-22T19:49:00.007-03:00correção: suposto controle do pensamento refelxivo...correção: suposto controle do pensamento refelxivo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-8199301762196081932010-07-22T19:47:37.253-03:002010-07-22T19:47:37.253-03:00HAHAHA, caramba! Quando puder, envie para estranho...HAHAHA, caramba! Quando puder, envie para estranhospensamentos@gmail.com<br /><br />" ii) a minha autocrítica me impede de me considerar alguém "raro", "profundo", ou qualquer coisa que seja "boa". Todavia, vejo-me cada vez mais forçado a encarar "os fatos da vida" e a acabar dando razão a Schopenhauer. "<br /><br />Eu acho que a idéia dessa frase de Schopenhauer já estava na sua cabeça quando você falou:<br /><br />"O introvertido parece ter a oportunidade de desenvolver senso crítico e "profundidade", em oposição à superfluidade da "massa ignara"."<br /><br />Por falar nisso...essa questão está está me incomodando:<br />E porque a "massa ignara" existe?<br />As massas não conseguem exercer o livre-pensar? Seria "culpa do sistema" controlador? Como se daria esse controle do pensamento reflexivo?<br /><br />Obrigado pela sua opinião sobre a importância do marxismo para a formação crítica.<br />Ah, depois de abandonar seu "hobby", o que você pretende fazer? :-PAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-21005728228696455642010-07-20T20:17:02.640-03:002010-07-20T20:17:02.640-03:00“E como poderia haver um ‘bem comum’? A palavra co...“E como poderia haver um ‘bem comum’? A palavra comum é sempre coisa de pouco valor.Finalmente, é preciso que seja como sempre foi: as grandes coisas são reservadas aos grandes, as profundas aos profundos, as delicadezas e os calafrios às almas sublimes, numa palavra, tudo que é raro aos seres raros.’"<br /><br />Essa afirmação causa-me dois tipos de repulsa: i) o meu espírito heróico-utópico se recusa a aceitar que as coisas "tenham" que ser assim e ii) a minha autocrítica me impede de me considerar alguém "raro", "profundo", ou qualquer coisa que seja "boa". Todavia, vejo-me cada vez mais forçado a encarar "os fatos da vida" e a acabar dando razão a Schopenhauer. <br /><br />Com relação à lista de livros, tenho uma "boa notícia". Eu estou a quase um mês fazendo uma lista de livros, o "cânon de Duan Conrado Castro", que já está com mais de 2.000 livros e que vou postar no cap. CXXI do blog - só em Outubro. Se você estiver "com pressa", eu posso lhe mandar por e-mail quando eu terminá-la, o que espero conseguir fazê-lo até essa sexta. <br /><br />Ainda com relação à lista, acrescento que acho essencial para a formação crítica estudar o marxismo. A crítica construída pelo marxismo é, porém, diferente da crítica de um pessimista como Schopenhauer. A crítica marxista é contra o capitalismo - é uma crítica mais política, e não existencial. O fato de eu misturar Marx com Schopenhauer nesse blog (e na minha cabeça) é uma “aberração teórica”, que é testemunha da minha indecisão teórica, que é, por sua vez, uma indecisão de tomada de um posicionamento diante da vida e do mundo.<br /><br />Também devo esclarecer que eu não sou formado em filosofia e dedico-me a pensar a vida como uma "missão pessoal" (para não falar hobby...), a qual, aliás, eu repetidamente me sinto tentado a abandonar de uma vez por todas. Ou seja: eu talvez não seja a pessoa mais “adequada” para indicar livros.Duan Conrado Castrohttps://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-92017990005591146202010-07-20T19:25:48.744-03:002010-07-20T19:25:48.744-03:00Em off: Eu pretendo fazer o curso de filosofia, e ...Em off: Eu pretendo fazer o curso de filosofia, e não sei se seria pedir muito, mas você poderia fazer uma lista das obras que você considera pertinentes para uma pessoa quer quer ter uma formação sólida em filosofia (e se interessa por assuntos diversos como Indústria Cultural, ciências sociais em geral, psicanálise, etc)? eu ainda estou sem base. Você pode me recomendar o que você achar pertinente, até autores literários.<br /><br />Eu simpatizo muito com a obra de Schopenhauer e seu pessimismo (apesar de ser completamente leigo). De autores pessimistas conheço Emil Cioran e Machado de Assis.<br /><br /> Eu pretendo com essa formação, sobretudo, desenvolver uma visão de mundo mais abrangente e crítica e, em busca da "verdade", e ser um profissional competente (se ganhar dinheiro fosse minha maior prioridade eu faria Direito ou Medicina e me diluiria nos estudos conteudistas e por que não dizer, alienantes, dessas ciências).Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-59665274406801810102010-07-20T19:18:05.098-03:002010-07-20T19:18:05.098-03:00Este comentário foi removido pelo autor.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-57303324945192250332010-07-20T19:06:22.579-03:002010-07-20T19:06:22.579-03:00(ainda sou o primeiro anônimo)
Suas correlações e...(ainda sou o primeiro anônimo)<br /><br />Suas correlações e afirmações são coerentes.<br /><br />Eu vou ler o texto da "sístase" e o cap. 112 do seu blog.<br /><br />Desconheço o conceito de "habitus" de Bordieu, pesquisarei sobre isso.<br /><br />"Nas coisas humanas não se procede com acerto tentando agradar à maioria, pois a multidão é a prova do que é pior. Busquemos, portanto, o que é melhor e não o que é mais comum, aquilo que nos estabelece na posse de uma felicidade eterna e não o que é aprovado pela massa, o pior intérprete da verdade" Sêneca<br /><br />“E como poderia haver um ‘bem comum’? A palavra comum é sempre coisa de pouco valor.Finalmente, é preciso que seja como sempre foi: as grandes coisas são reservadas aos grandes, as profundas aos profundos, as delicadezas e os calafrios às almas sublimes, numa palavra, tudo que é raro aos seres raros.’" SchopenhauerAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-38442949669524625022010-07-18T17:31:56.504-03:002010-07-18T17:31:56.504-03:00Anônimo,
Ótimo texto. Acho a dicotomia “introvert...Anônimo,<br /><br />Ótimo texto. Acho a dicotomia “introvertidos x extrovertidos” até que útil. Talvez eu até devesse ter explorado ela no meu texto, e se não o fiz é em virtude do pouco contato que tenho com a literatura psicológica. Afinal, quando eu afirmo que o ponto central da caracterização do outsider é sua independência com relação a grupos, eu estou chamando-o, com outras palavras, de introvertido. Mas penso que o outsider geralmente apresenta algo "a mais" que a mera introversão - ele também está de alguma forma evolvido com a subversão dos valores/padrões estabelecidos, "vigentes" como diria esse texto. O ato de casar e ter filhos, por exemplo, já é bastante problematizado por muitos outsider, e mesmo negado por tantos outros. Já para um "introvertido estrito" isso não necessariamente é questionado - ele pode ser introvertido sem se "rebelar".<br /><br />"Não que o I não se importe com os colegas; talvez até nutra por eles uma solicitude e um afeto mais profundos do que o dos E; afeto cultivado no recolhimento de sua personalidade."<br /><br />Se formos comparar com o que eu disse, ficaria claro que o outsider está, na minha visão, mas perto de ser um sociopata, e não alguém que nutra solicitude e afeto pelos outros. Mas, no fundo, ao expor o que eu acho ser um outsider, eu devo, é claro, estar falando de mim mesmo...<br /><br />Com relação aos suplícios descritos no texto, pelos quais os introvertidos têm de passar, eu, por sorte, vivo num contexto familiar e profissional no qual quase nunca preciso passar por esse tido de situação. Mas assim mesmo sei, por experiência própria, o terror que é viver sob a ditadura da extroversão.<br /><br />"Talvez o dilema de alguns desses jovens E esteja precisamente nisto: a compulsiva necessidade de falar (um falar que não necessariamente deve ser classificado como comunicação), de "agito", de chamar a atenção; junto com a ausência do dizer, a superficialidade da mais absoluta falta de assunto para manter uma conversa com algum conteúdo, que possa minimamente superar os "tipo assim", "com certeza", etc." <br /><br />Isso nos leva às dicotomias "forma x conteúdo", "aparência x essência", "superficialidade x profundidade", etc. O introvertido parece ter a oportunidade de desenvolver senso crítico e "profundidade", em oposição à superfluidade da "massa ignara".<br /><br />Com relação à "a legitimação da eliminação da privacidade", isso lembrou o ótimo texto indicado pelo Silas, no segundo comentário desse capítulo, o qual fala da nova forma que a "sístase" está tomando: a sociedade do controle, do monitoramento ubíquo. Impossível não lembrar da "polícia de pensamento" orweliana.<br /><br />"No caso dos I, porém, a própria idéia de associação (para não falar de passeatas...) está praticamente descartada."<br /><br />Aqui há nova semelhança com o que eu disse sobre o outsider.<br /><br />"Como sempre, na luta contra o preconceito e a discriminação o primeiro passo é o da conscientização e este artigo espera poder contribuir nesse sentido. Pois, em si, a introversão não é pior nem melhor do que a extroversão; simplesmente em nossa sociedade as vigências dão um caráter de "normalidade" ao E."<br /><br />Essa passagem pode ser usada para fazer uma ligação entre os cap 107 e 112 desse blog.<br /><br />"Há casos de I que não ligam a mínima para a opinião dominante (ele, por exemplo, simplesmente não aceita convites, doa a quem doer; ou simplesmente desaparece e deixa seus telefones todos na caixa postal etc.); enquanto outros, temem tanto a opinião alheia que procuram adequar-se aos padrões vigentes só para não ter sua vida devassada por interrogatórios e pedidos de explicação por parte da tirania dos E "<br /><br />Tendo a acreditar que um outsider só seria a pessoa do primeiro tipo, a do segundo tipo seria um insider introvertido.<br /><br />Aliás, o conceito de "vigência" lembra o de "habitus" de Bourdieu.Duan Conrado Castrohttps://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-86906637497011095622010-07-18T15:04:13.444-03:002010-07-18T15:04:13.444-03:00Eu sou o primeiro anônimo, o que recomendou o text...Eu sou o primeiro anônimo, o que recomendou o texto de Foster Wallace. <br /><br />Encontrei outro texto pelo qual acho que você se interessaria: <br />http://www.hottopos.com/videtur26/jean.htm<br /><br />é quase um adendo para sua postagem, mas o texto falha em não superar a dicotomia "Extrovertidos e Introvertidos".Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-9100474357244726522010-07-04T23:33:25.828-03:002010-07-04T23:33:25.828-03:00Anônimo,
É, lembra sim. Em ambos os casos pretend...Anônimo,<br /><br />É, lembra sim. Em ambos os casos pretende-se superar uma dicotomia fundada no princípio do terceiro excluído.Duan Conrado Castrohttps://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-85513025055210555092010-07-04T05:06:24.429-03:002010-07-04T05:06:24.429-03:00Isso me lembra classificação de Kinsey, sobre a se...Isso me lembra classificação de Kinsey, sobre a sexualidade.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-83641946221048934762010-06-23T20:57:47.773-03:002010-06-23T20:57:47.773-03:00"O período em que estive isolado e preso a ra..."O período em que estive isolado e preso a raciocínios circulares que somente aumentavam o meu sofrimento foi bem assim."<br /><br />Somente depois de 10 anos preso nesse tipo de situação que eu estou começando a me dispor a reconsiderar a forma como vejo o mundo e lido com as pessoas. <br /><br />"antes disso, eu me considerava infalível e superior."<br /><br />Idem.<br /><br />No mais, nada a acrescentar ao que você disse. Eu vou acabar com esse blog justamente porque - em virtude de "circunstâncias adversas" (com as quais eu luto há seis anos para me resignar) eu não poderei sustentar a "crescente complexidade" que ele está tomando. Não que eu não gostaria de fazê-lo - na verdade, adoraria. Mas as responsabilidades de um trabalhador (que, diferentemente de uns e outros, não nasceu em berço de ouro) me obrigam a reconhecer que sou incapaz de ganhar a vida a troco da minha intelectualidade (leia-se: sou incapaz de virar um mero professor universitário).<br /><br />Depois que terminar a tal da monografia (que eu nem comecei) e esse blog (tudo isso lá por Julho de 2011) eu vou passar provavelmente meses (talvez até um ano) pensando na MINHA vida - e não no mundo ou na vida em geral. Vou revisar todos os meus "diários" e tentar me entender melhor. Em vez de focar minha atenção em criticar e questionar. Em vez de ficar pensando em formas mirabolantes de atingir a verdade ou transformar o mundo, eu vou focar a minha atenção em motivos mais mesquinhos e pragmáticos: o meu conforto, a minha saúde, a minha empregabilidade, a minha paz de espírito. É isso que eu estou chamando de suicídio mental, mas talvez seja melhor qualificado como suicídio intelectual.Duan Conrado Castrohttps://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-7204866067023598052010-06-23T13:20:50.194-03:002010-06-23T13:20:50.194-03:00“Há de se reconhecer os problemas que o isolamento...“Há de se reconhecer os problemas que o isolamento social causa no outsider - levando-o muitas vezes, mas não sempre, a uma espiral de insanidade destrutiva.”<br /><br />Com certeza. Inclusive te falei daquela minha fase Schopenhauer onde eu desenvolvi um profundo desprezo pelas pessoas e por mim mesmo. O loop e pensamento era bem simples: 1) não posso me adaptar nesse meio porque eles são idiotas; 2) Não posso me adaptar nesse meio porque sou bizarro.<br /><br />Gosto da idéia que Marie-Louise Von Franz (uma colaboradora de Jung) coloca num fragmento de texto que, inclusive, postei no meu blog e fala desse assunto. (http://insilasbrain.blogspot.com/2010/02/sobre-vocacao-para-profissao-de.html)<br />Eis um trecho interessante:<br /><br />“Os símbolos do espírito animal-mãe, do tambor, da árvore e de muitos outros, em tão grande número que é impossível descrevê-los todos, são, sob o aspecto da psicologia junguiana, símbolos do Si-mesmo. Na tradição xamanística, o futuro curador não apenas precisa ter sofrido uma invasão do incosnciente coletivo, como também ter chegado ao seu núcleo, ao que Jung chamava de Si-mesmo. Estranhamente, com freqüência o Si-mesmo primeiro confronta a pessoa de maneira HOSTIL, como algo explosivo que poderia até provocar a LOUCURA.8 Os Tungus siberianos têm consciência disso. Eles dizem até que antes de a pessoa se tornar xamã, precisa ser molestada pelos espíritos durante alguns anos. Trata-se das almas de falecidos xamãs que fazem com que ela tenha delírios. Freqüentemente eles são aqueles que a mutilam durante a iniciação.”<br /><br />O período em que estive isolado e preso a raciocínios circulares que somente aumentavam o meu sofrimento foi bem assim. Fui confrontado com muitas realidades dolorosas. Mas isso, percebi, pareceu ter um objetivo: antes disso, eu me considerava infalível e superior. Depois eu fui perceber que sou menos do que merda e que não tenho nenhum direito de declarar superioridade. E é só assim que uma pessoa pode pensar em amar. Caso contrário, nunca terá nada além de sentimentos auto-eróticos onde outras pessoas não passam de objetos. E que tipo de psicólogo clínico pode querer ajudar alguém se não dá a mínima para as pessoas?<br /><br />(Não estuo dizendo que isso se aplica a você. Apenas que, na minha visão, essa espiral é necessária e, com frequência, ajuda o indivíduo a descobrir quem ele é)Silashttps://www.blogger.com/profile/08560610846360060486noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-775365576519033175.post-70169636069977190222010-06-23T00:34:54.830-03:002010-06-23T00:34:54.830-03:00Henrique,
Grato pelo elogio.
Pois é. Eu, nesses ...Henrique,<br /><br />Grato pelo elogio.<br /><br />Pois é. Eu, nesses últimos anos, foquei muito no acúmulo de conhecimento, em detrimento da sabedoria de vida. Esse meu comportamento foi necessário para eu aprender, na prática, a diferença entre conhecimento e sabedoria. Em breve (na verdade vai demorar mais de uma ano), eu me focarei na sabedoria em detrimento do conhecimento.Duan Conrado Castrohttps://www.blogger.com/profile/16655382018542400081noreply@blogger.com